Os mais barulhentos é um livro informativo e divertido que explora os sons produzidos pelos animais, oferecendo uma visão envolvente sobre como e por que eles fazem barulho. A obra apresenta informações detalhadas sobre nove animais: o leão-africano, que ruge com força impressionante; o galo, que canta ao amanhecer; a cigarra; o asno; o sapo-comum; o bugio-do-pantanal; o pica-pau-verde-europeu; o camarão-de-estalo; e a coruja-do-mato, cada um com seu próprio estilo de comunicação sonora.
Este roteiro convida você a guiar as crianças através do aprofundamento no tema de maneira imersiva, por meio de atividades criativas e significativas, estimulando a curiosidade e o aprendizado.
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Peça às crianças para ouvirem atentamente e, sem revelar os animais de imediato, instigue a curiosidade delas com perguntas como:
• Que sons vocês conseguem identificar?
• Quais animais vocês acham que estão fazendo esses barulhos?
• Vocês imaginam por que eles fazem esses sons?
Após ouvir as respostas, diga que o livro apresenta alguns dos animais mais barulhentos do reino animal e que, juntos, vocês descobrirão como e por que eles produzem esses sons tão marcantes.
Essa introdução lúdica e interativa ajuda a despertar o interesse e a conexão com o tema antes mesmo de os estudantes abrirem o livro.
Dica
Antes de iniciar a leitura do livro Os mais barulhentos, crie uma ambientação que envolva as crianças no universo dos sons dos animais. Escolha um espaço tranquilo e, para começar, reproduza sons de animais da floresta, como os encontrados no vídeo Sons de Animais da Floresta, que pode ser acessado neste link: https://linkja.net/som-dos-animais.
A capa e a contracapa do livro anunciam os animais que serão apresentados na obra. Pergunte se os estudantes sabem nomear os bichos e se imaginam quais são os sons produzidos por eles.
As crianças podem decidir a ordem da leitura com base nos animais que mais desejam conhecer. Isso pode ser feito para promover maior engajamento e participação. Assim, antes de iniciar, faça algumas perguntas para instigar a curiosidade delas:
• No dia a dia, vocês escutam barulhos de animais? Quais?
Incentive os estudantes a compartilhar exemplos, como o latido dos cachorros, o canto dos pássaros ou o coaxar dos sapos. Valorize todas as respostas e conecte-as ao tema do livro. Prossiga instigando o interesse dos estudantes com mais perguntas:
• Quais desses animais da capa vocês acham que são os mais barulhentos? Por quê?
Ao ouvir as hipóteses, você pode aprofundar com questões complementares:
• Será que o tamanho do animal influencia o som que ele faz?
• Será que animais pequenos também podem ser muito barulhentos?
• Será que os animais emitem sons para conversar entre si?
Caso surjam respostas como “Para chamar outros animais” ou “Para pedir comida””, aproveite e introduza a ideia de que os sons têm diferentes funções, como comunicação, defesa ou atração.
Utilize essas discussões para guiar a leitura, retomando as respostas dos estudantes e conectando-as às informações do livro. Isso transforma a atividade em uma experiência mais interativa e significativa.
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Uma possibilidade de mediação durante a leitura é, antes de revelar o animal que será apresentado, ler sua descrição em forma de charada, de modo a incentivar os estudantes a adivinhar de quem se trata.
Por exemplo, para o leão: “Todos me chamam de ‘rei dos animais’. Tenho músculos fortes e me orgulho de minha bela juba. Ela está disposta em um círculo largo ao redor do meu pescoço. Quando abro minha boca para rugir, todos os animais ficam quietos”.
Adaptações sonoras
Os animais apresentados no livro possuem habilidades sonoras extraordinárias, que são fundamentais para sua sobrevivência e sua comunicação. Nesse contexto, você pode destacar os exemplos apresentados a seguir.
Galo: cada galo possui um canto único, que pode ser ouvido até 1,6 quilômetro de distância. Além do canto matinal, essa ave faz sons específicos para alertar sobre perigos ou indicar a presença de alimento.
Camarão-de-estalo: produz uma bolha explosiva que chega a 210 decibéis, utilizada como arma de caça e defesa, uma adaptação impressionante para seu pequeno tamanho.
Outros sons produzidos pelos animais
Os animais apresentados no livro possuem a capacidade de produzir sons variados, os quais têm um propósito específico que vai além da comunicação principal.
Leão: além do rugido impressionante, os leões também ronronam para demonstrar afeto entre membros do grupo e rosnam como aviso ou defesa contra ameaças.
Asno: os asnos podem zurrar de várias maneiras, ajustando a intensidade conforme a situação. Por exemplo, ele “fala alto” para demonstrar força, “fala baixo” ao cumprimentar outros asnos e utiliza zurros específicos para se comunicar com seus pares. Além disso, podem bufar, guinchar e até emitir sons que lembram uma melodia, como uma forma de cantarolar.
Coruja: as corujas transmitem mensagens diferentes por meio dos sons que produzem. Um grito característico é utilizado para chamar as fêmeas durante o período de reprodução. Quando há ameaças, seus gritos se tornam mais estridentes. No outono, elas são mais barulhentas, piando alto para brigar com corujas jovens de outros ninhos.
Glossário
bar-bi-lhão
1. Apêndice carnoso pendente por baixo do bico de algumas aves; barbilho.
co-a-xar
1. Soltar a voz (a rã ou o sapo); relar.
2. Falar ou soar de modo que lembra o som produzido pela rã ou pelo sapo.
e-clo-dir
1. Emergir da casca do ovo ou do invólucro da pupa.
hi-oi-de
Osso pequeno, em forma de ferradura, situado entre a base da língua e a laringe, na parte mediana e anterior do pescoço.
zur-ro
1. Som produzido pelo burro ou pelo jumento; orneio, ornejo, rebusno, zurrada.
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Após a leitura, organize um momento interativo para aprofundar o tema do alcance sonoro e suas implicações. Proponha um debate sobre a importância dos sons para a sobrevivência dos animais. Questione:
• Por que vocês acham que alguns sons precisam alcançar distâncias tão grandes?
• Vocês conseguem pensar em situações em que os humanos usam sons de longo alcance para se comunicar ou alertar os outros?
Relacione os sons dos animais à ciência, mencionando a propagação do som e a função adaptativa dos sons nos ecossistemas. E, se possível, inclua atividades práticas que ajudem os estudantes a se aprofundarem na temática dos sons produzidos pelos animais.
Conheça esta sugestão de atividade:
1. Experimentos de som: divida os estudantes em grupos e peça que usem instrumentos simples, como apitos, tambores ou até a própria voz, para criar sons que possam ser comparados ao alcance de cada animal. Questione:
• Qual som vocês acham que alcança mais longe? Por quê?
2. Mapeamento do alcance: mostre aos estudantes a distância que os sons dos animais pode alcançar. Compare, por exemplo, o alcance do rugido do leão (8 km) com a extensão de um campo de futebol ou a distância até um ponto conhecido na cidade/escola. Então, pergunte:
• Como seria útil para vocês ter uma voz que alcançasse essa distância?
Essa abordagem não só reforça o aprendizado sobre os animais, mas também desenvolve a curiosidade científica, conectando a teoria à prática de forma divertida e significativa.
ATIVIDADES
Escrevendo os sons dos animais
Peça aos estudantes para escutarem sons de diferentes animais (utilizando vídeos como o sugerido no início ou gravações específicas) e, a partir disso, escreverem como imaginam que seria a onomatopeia de cada som. Oriente-os a conectar essa escrita ao verbo correto associado ao som produzido pelo animal, como:
• “O sapo coaxa: croac croac”.
• “O leão ruge: rawwww”.
• “O galo canta: cocoricó”.
Após a produção, os estudantes podem compartilhar suas criações em um mural ou apresentá-las oralmente, discutindo como os sons variam entre idiomas e culturas. Esse mural pode ser usa-do de base para a proposta a seguir.
Glossário
o-no-ma-to-pei-a
1. Formação de uma palavra pela reprodução, tanto quanto possível, do som natural ou ruído a ela relacionado; onomatopoese.
2. A palavra que tem essa formação; a palavra que pretende imitar certos sons e ruídos, por exemplo: atchim, miau, pum, etc.
O som dos animais em quadrinhos
Proponha aos estudantes que criem tirinhas ou pequenas histórias em quadrinhos, destacando os sons dos animais com onomatopeias. Eles podem escolher um animal do livro para contar uma história, como a rotina do leão ou do sapo, ou imaginar uma interação fictícia entre dois ou mais animais.
Incentive-os a destacar as onomatopeias com letras criativas e cores vibrantes, como é comum em quadrinhos. Ao final, as tirinhas podem ser exibidas em uma exposição na sala ou publicadas em um livro coletivo da turma.
Antes de começar a atividade, é interessante preparar os estudantes para o universo das histórias em quadrinhos. Uma abordagem inicial pode incluir a exibição de uma tirinha simples de três quadros, explicando seus elementos básicos, como balões de fala, onomatopeias e narrativa visual. É interessante também mostrar referências de diferentes estilos de quadrinhos, como aqueles que retratam sons de forma criativa.
Para facilitar, é possível criar um exemplo em conjunto com a turma na lousa, desenvolvendo uma pequena história sobre um animal, destacando os sons que ele produz e inserindo as onomatopeias. Assim, os estudantes terão uma base para criar suas próprias tirinhas.
A orquestra animal: sons com o corpo e onomatopeias
Após o estudo do livro e do vídeo sobre sons de animais, proponha aos estudantes que criem uma orquestra dos sons da natureza utilizando apenas o corpo e alguns materiais do cotidiano. Cada grupo pode escolher um ou mais animais do livro e tentar imitar seus sons, incluindo as onomatopeias. Por exemplo:
1. Leão: “Ruge rawwww (som de rugido feito com a garganta ou batendo as mãos no peito)”.
2. Sapo: “Coaxa croac croac (som de estalo com a boca ou batendo as palmas das mãos)”.
3. Galo: “Canta cocoricó (som com estalo de língua e batendo os pés no chão)”.
4. Cigarra: “Canta criii criii (som com as mãos esfregando as palmas ou batendo os dedos)”.
O objetivo é explorar como os sons podem ser reproduzidos não só com objetos, mas também com o corpo, como batendo palmas, estalando os dedos ou criando sons com os pés e a boca.
O grupo deve criar uma pequena apresentação em vídeo ou até mesmo uma música, integrando as onomatopeias e os sons para representar a interação entre os animais. Ao final, a orquestra dos sons pode ser apre-sentada como um vídeo ou uma performance ao vivo, compartilhada com a comunidade escolar e as famílias, com o intuito de celebrar a criatividade e o aprendizado colaborativo.
Dos estudantes
Como material complementar e de inspiração para a proposta A orquestra animal: sons com o corpo e onomatopeias, apresente o vídeo do espetáculo Os Saltimbancos.
Ele pode ser visto no link a seguir:
Dos professores
Como material complementar, indicamos dois vídeos sobre onomatopeias para aprofundar a compreensão dos estudantes em relação aos recursos de linguagem, explorando sua aplicação em textos e suas funções comunicativas.
1. Onomatopeia | BNCC EF15LP14 | Vídeo educativo.
Disponível em: https://linkja.net/onomatopeia-alfabrinca.
2. Onomatopeias, com a Prof. Ana Paula Apaso.
Disponível em: https://linkja.net/onomatopeias
Clique para imprimir o seu roteiro de leitura:
Referências
ALFABRINCA. ONOMATOPEIA | BNCC EF15LP14 | VÍDEO EDUCATIVO. YouTube. 1 vídeo (6min 12s).
Publicado em: 23 ago. 2021. Disponível em: https://linkja.net/onomatopeia-alfabrinca. Acesso em: 11 dez. 2024.
APASO, Ana Paula. ONOMATOPEIAS. YouTube. 1 vídeo (1min 17s).
Publicado em: 3 ago. 2020. Disponível em: https://linkja.net/onomatopeias. Acesso em: 11 dez. 2024.
INSTITUTO ODEON. Espetáculo “Os Saltimbancos” – Odeon Companhia Teatral. YouTube. 1 vídeo (1h 8min).
Publicado em: 4 fev. 2015. Disponível em: https://linkja.net/saltimbancos. Acesso em: 11 dez. 2024.
MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. UOL. Disponível em: https://linkja.net/michaelis.
Acesso em: 10 dez. 2024.
