Esta obra é um convite para refletir sobre as potências presentes em nossas particularidades. Davi é um personagem que, em vez de grasnar como os outros patos, prefere latir como um cãozinho. Mas esse talento peculiar, que, a princípio, foi visto por sua família como um problema, acaba se tornando uma estratégia para salvar todos de um predador.
Neste roteiro, vamos incentivar as crianças a refletirem sobre suas habilidades e o que faz cada pessoa ser única. Explorando a linguagem escrita e das artes plásticas, com produção de bichinhos de argila, os estudantes vão descobrir que as diferenças podem ser nossas maiores habilidades.
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Para se familiarizar com o tema, apresente aos estudantes o vídeo a seguir. Depois, conduza uma conversa para sensibilizar as crianças sobre o valor das habilidades que tornam cada ser único. Pergunte:
• Todas as nuvens tinham as mesmas habilidades?
• Qual delas tinha a habilidade mais diferente? Qual habilidade era essa?
• Essa habilidade também é importante?
Dica
Se possível, organize um espaço de leitura aconchegante em uma área externa, como um jardim ou um gramado com árvores.
Espera-se que as crianças compreendam que, embora as nuvens possuam habilidades diferentes, todas são importantes para a diversidade. O mesmo vale para os seres humanos: nem sempre temos as mesmas habilidades que os outros, mas nossas particularidades têm valor.
Para apresentar a obra, mostre a capa do livro e leia o título e o nome da autora e ilustradora, destacando que Susie Oh foi responsável tanto pelo texto quanto pelas ilustrações. Com o objetivo de trabalhar a estratégia de antecipação, faça algumas perguntas explorando a capa:
• Por que será que o título dessa história é “O patinho esquisito”?
• Quem será o patinho esquisito na capa? Por que ele é considerado assim?
As crianças levantarão hipóteses, provavelmente sugerindo que o patinho é esquisito por ter uma cor dife-rente dos irmãos. Durante a leitura, elas poderão confirmar ou ajustar suas ideias.
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Onomatopeias
Organize a turma no espaço preparado e inicie a leitura da história. As onomatopeias que reproduzem os sons dos animais são fundamentais para o enredo e a compreensão da história. Durante a leitura, capriche na entonação da voz e incentive os estudantes a participarem ativamente. Por exemplo, antes de ler o “QUAC! QUAC!” da página adiante, pergunte:
• Qual é o som que o pato faz?
Provavelmente, as crianças imitarão o som. Continue usando essa abordagem durante a leitura para tornar a experiência mais interativa e envolvente.
Para saber mais
A onomatopeia é uma figura de linguagem que cria palavras ao imitar sons de pessoas, animais, objetos ou fenômenos naturais. Ela busca reproduzir foneticamente o som de algo, como “miau” para o som de um gato ou “tic-tac” para o barulho de um relógio. Esse recurso é utilizado para tornar a linguagem mais expressiva e dinâmica, principalmente em textos literários, histórias e poemas.
Acolhimento
Na página a seguir, faça uma pausa e proponha um momento de reflexão.
• Por Davi ser diferente, sua família o deixa sozinho. O que você acha da atitude da mãe e dos irmãos do patinho?
• Devemos nos afastar das pessoas que são diferentes de nós?
Com essas perguntas, o grupo poderá refletir sobre não excluir e a importância de acolher as diversidades, pois nenhuma pessoa é igual a outra e, na verdade, o que nos une são as nossas diferenças.
• Como vocês acham que o patinho Davi se sentiu após ser excluído por sua família?
É esperado que as crianças respondam que o patinho se sentiu triste. Esta pergunta visa colaborar para que as crianças pensem como a exclusão pode afetar negativamente as pessoas. Durante esses diálogos, é importante que todas as crianças que desejem falar tenham a oportunidade de se expressar.
Quac Quac
Após a leitura da página retratada a seguir, incentive as crianças a refletirem sobre como a habilidade diferente de Davi foi importante, pois salvou toda a família de patinhos. Pergunte:
• Por que o gatinho saiu assustado?
• Se o patinho não tivesse emitido o som “au au”, o que poderia ter acontecido com a família dele?
Pedindo desculpas
Após a leitura da página adiante, converse com a turma sobre como o ato de pedir desculpas pode ser benéfico tanto para quem recebe quanto para quem pede. Explique que, ao pedir desculpas, a pessoa que cometeu o erro pode sentir alívio, tornando a relação mais harmoniosa, permitindo que todos se sintam melhor e mais respeitados.
• A mamãe dos patinhos ensinou aos filhotes que devemos pedir desculpas quando erramos. Você já pediu desculpas? Como se sentiu depois de fazer isso?
Ouça os relatos dos estudantes sobre as situações em que já pediram desculpas. Explique que esse ato pode ser difícil, pois envolve reconhecer nossos erros. No entanto, é importante tanto para quem recebe o pedido quanto para quem o faz, já que, dessa forma, nos sentimos mais “leves” e mostramos respeito e consideração pelo outro.
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Após a leitura, acolha as impressões do grupo sobre a história. Nessa parte, é importante conduzir o grupo a pensar como uma diferença pode abrigar uma potência.
• Como o patinho conseguiu ajudar sua família?
É esperado que os estudantes respondam que o patinho ajudou a família utilizando sua habilidade de latir para espantar o gato. Incentive-os, para que a maior parte do grupo participe deste momento.
• A peculiaridade do patinho salvou a família toda. O que vocês acham da possibilidade de criar um animal diferente, com uma habilidade especial?
Essas perguntas têm como objetivo chamar a atenção dos estudantes para as próximas propostas deste roteiro. Para isso, compartilhe com o grupo:
Construiremos um animal que será diferente dos outros, como na obra. Para isso, vamos planejar o desenho, criar o animal e refletir sobre ele.
ATIVIDADES
Desenho do animal
Proponha à turma a criação de um animal ou inseto imaginário, utilizando como base argila e elementos naturais, a exemplo de folhas e galhos, para complementar a produção. Para ajudar na construção da ideia, faça perguntas como:
• Que tipo de animal ou inseto você gostaria de criar?
• Como é o corpo dele?
• Qual o nome dele?
• Ele enxerga bem? Quantos olhos tem?
• Como ele se move? Ele voa, anda ou rasteja?
• Que cores esse animal pode ter?
• Quais características especiais ele poderia ter (por exemplo: asas grandes, antenas longas, patas extras)?
Essas indagações ajudarão as crianças a visualizar e dar forma às suas invenções de maneira criativa.
Entregue folhas de sulfite A4 para que as crianças desenhem o animal ou inseto imaginário que vão criar com a argila. Após terminarem os desenhos, pergunte a cada estudante o nome que darão ao animal, e ajude-os a registrar esse nome na folha, escrevendo de forma clara. Isso os ajudará a relacionar o processo criativo com a linguagem escrita, além de reforçar a conexão entre a imaginação e a expressão artística.
Bichinho de argila
Após a atividade do desenho do animal ou inseto imaginário, leve as crianças para uma expedição ao parque ou outras áreas externas da escola. Durante a caminhada, incentive-as a coletar elementos naturais como galhos, folhas, sementes e outros materiais que possam usar para complementar suas criações. De volta à sala de aula, organize o espaço, forrando as mesas para proteger o local. Distribua meio bloco de argila, um pouco de água e esponjas para cada estudante. Com base nos desenhos feitos anteriormente, eles usarão a argila para modelar seus animais e, com os materiais coletados, acrescentarão texturas e detalhes naturais às suas criações, como folhas para asas ou galhos para patas. Esse processo permite que conectem a criatividade do desenho com o uso de materiais naturais e estimula a expressão artística por meio da modelagem em argila.
Exposição de talentos
Após a produção dos animais com argila, peça às crianças que reflitam sobre o que torna seus animais únicos e especiais, assim como o patinho da história. Pode ser uma habilidade única ou um talento que o animal possui. Auxilie-as na escrita de uma ficha de identificação para cada animal, incluindo o nome e o talento especial. Organize uma exposição das produções, colocando cada animal junto de sua ficha de identificação. Se possível, escolha um espaço em que haja passagem dos cuidadores e das famílias, para que mais pessoas possam apreciar as criações dos estudantes.
Dos estudantes
Dos professores
Assistir ao vídeo do canal Ateliê de Quintal pode ser útil para aprender estratégias sobre como trabalhar com a argila, pois oferece dicas práticas para criar formas e texturas. Nele, você encontrará orientações para aprimorar suas habilidades na modelagem de argila, especialmente ao moldar figuras como passarinhos.
Clique para imprimir o seu roteiro de leitura:
Referências
DICA de Cerâmica – Passarinho. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal Ateliê do Quintal. Disponível em: https://linkja.net/passarinho-ceramica. Acesso em: 29 nov. 2024.
PARTLY Cloudy – Portfolio 332MPA. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (5 min). Publicado por Nathan de Broize-King. Disponível em: https://linkja.net/nuvens. Acesso em: 29 nov. 2024.
SOUZA, Warley. Onomatopeia. Brasil Escola. [S. l.], 2024. Disponível em: https://linkja.net/onomato. Acesso em: 29 nov. 2024.
TIQUEQUÊ | Se eu fosse… (clipe oficial) [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Tiquequê. Disponível em: https://linkja.net/se-eu-fosse. Acesso em: 29 nov. 2024.
