A missão de todo professor, ao longo da educação infantil e dos anos iniciais, é formar leitores e escritores autônomos e competentes. Ou seja, estudantes que, ao final dessas etapas, sejam capazes de compreender o que leem, distinguir diferentes gêneros textuais e escolher suas próprias leituras de acordo com sua preferência. Além disso, devem conseguir produzir textos coesos e coerentes, considerando seu público e o objetivo da comunicação.
Sabemos que, quanto mais assíduo e interessado for o leitor, maior será o seu repertório e conhecimento de mundo. Isso proporciona mais recursos, inspiração e criatividade para que se torne um escritor confiante. Daí a importância de sua formação na escola, por meio da leitura e escuta de histórias. Mas, de quais tipos de histórias estamos falando e que contribuem para esse processo?
O papel da literatura na formação do leitor
Nos últimos anos, a literatura passou a ser considerada como um fim em si mesma no ambiente escolar. Esse movimento acompanhou o avanço das práticas sociais de leitura e escrita na escola, com o uso de diversos gêneros textuais em propostas de atividades semelhantes ao que fazem os leitores e escritores do mundo fora dela.
Hoje, o foco de atenção passou a ser a literatura e as aulas para ler, ouvir e conversar sobre o texto tornaram-se sistemáticas, acontecendo ora na sala de aula, ora no pátio ou jardim da escola ou, ainda, em bibliotecas criadas para receber os alunos. Além disso, os acervos foram ampliados e a mediação de leitura tornou-se ainda mais estratégica para engajar os alunos.
A experiência da criança com a literatura deve ser prazerosa. Mesmo antes da alfabetização, o contato frequente com diferentes gêneros literários desperta sentimentos e emoções como alegria, medo, curiosidade e identificação. Vivenciar esses conceitos é fundamental para o desenvolvimento da escuta ativa, da empatia e da compreensão do mundo ao seu redor.
Dica para professores: crie uma rotina semanal de leitura em voz alta para os alunos. Isso fortalece o interesse e a conexão emocional com os textos.
O que ler para cada faixa etária?
Coleção Emoções: Enfatiza a amizade e a gentileza.
Chove lá fora: Aborda o tema meio ambiente de forma acessível para essa idade.
Sugestão de mediação: Após a leitura, incentive as crianças a desenharem sua parte favorita da história ou criar oralmente um final alternativo. Essa prática estimulará a criatividade e a interpretação do texto.
Dica extra: No catálogo da Editora Via Lúdica, há outros livros infantis recomendados para essa faixa etária que abordam esses e outros temas, como diferenças, emoções, imaginação e arte.
Lobo Breu: Auxilia na elaboração de medos infantis e inclui um roteiro de leitura para professores, com orientações como conduzir a aula antes, durante e após a leitura..
Cisco: Ajuda o leitor a elaborar o sentimento de exclusão.
Coleção Profissões: Apresenta o cotidiano de diferentes profissões de forma acessível às crianças, com roteiros de leitura específicos para cada título.
Minha timidez: Aborda o sentimento de autoestima e as diversas emoções.
Alegria a cada passo: Explora os temas da amizade, imaginação e pertencimento. Inclui roteiro de leitura em Na Sala de Aula.
Insetofonia: Explora o tema meio ambiente de modo apropriado para a idade.
A nova bicicleta: Explora a autonomia, aventura e criação de laços afetivos. Conta com um roteiro de leitura para estimular conversas sobre o repertório de cada aluno.
Sugestão de mediação: Após a leitura de A nova bicicleta, peça aos alunos que compartilhem momentos em que aprenderam algo novo. Essa abordagem ajudará a estabelecer paralelos entre a história lida e suas vivências pessoais
Dica pedagógica: Após a leitura do livro Minha timidez, proponha uma roda de conversa sobre emoções e estratégias para lidar com momentos de insegurança.
A menina com quatro nomes: Aborda o tema da adoção, família, diferenças e respeito. O roteiro de leitura auxilia na mediação do tema em sala de aula.
Sugestão de discussão: Incentive os alunos a refletir sobre o conceito de identidade e pertencimento a partir da história da personagem.
IRENE RI: Explora a estrutura dos palíndromos de maneira lúdica, incentivando a imaginação e o jogo com as palavras.
A leitura e o desenvolvimento do pensamento crítico
Além de formar leitores autônomos, a leitura na infância contribui diretamente para o desenvolvimento do pensamento crítico. Ao entrar em contato com diferentes histórias, personagens e narrativas, a criança aprende a interpretar situações, questionar contextos e desenvolver opiniões próprias.
No ambiente escolar, os professores podem incentivar esse processo propondo discussões sobre as histórias lidas. Perguntas abertas, debates sobre os temas abordados e incentivo à argumentação ajudam os alunos a aprofundar a compreensão leitora e conectar o conteúdo literário à sua realidade.
Dica para professores: após a leitura de um livro, incentive os alunos a formular perguntas sobre a história. Questões como “O que você faria no lugar do personagem?” ou “Essa história poderia ter um final diferente?” ajudam a estimular o pensamento crítico.
Conclusão
A formação do leitor é um processo contínuo, que começa cedo e deve ser incentivado diariamente. A leitura infantil não apenas amplia o repertório literário, mas também contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a compreensão leitora e a escuta ativa.
Para apoiar professores nessa jornada, a Editora Via Lúdica oferece um catálogo repleto de livros infantis, além de roteiros de leitura e sugestões de mediação.
Acesse nosso catálogo e encontre histórias que transformam vidas!
Por Mônica S. Gouvêa, Educadora
Editora Via Lúdica